terça-feira, 6 de julho de 2010

Notícias: Brasil- Mundo (06/07/2010).

MP recomenda o toque de recolher Alagoas


O Ministério Público de Alagoas publicou uma portaria no Diário Oficial, ontem em que recomenda o toque de recolher para a população nas cidades em estado de calamidade pública entre 22h até o amanhecer. A medida também recomenda que não sejam vendidas bebidas alcoólicas durante a noite nos municípios atingidos.

“Se os moradores das cidades destruídas começam a circular à noite, eles viram chamariz para agressões e até saques de pessoas de fora. Quando a população está recolhida nos abrigos, é mais provável que nós consigamos manter a ordem. O objetivo é justamente evitar saques, agressões e furtos nessas regiões” disse ao G1 o procurador-geral de Justiça Eduardo Tavares Mendes.

De acordo com Mendes, as medidas são recomendadas por 90 dias.

Segundo o procurador, os prefeitos das cidades em calamidade pública não devem permitir a reconstrução de casas, estabelecimentos comerciais e prédios públicos nas áreas que foram afetadas pelas enxurradas.

De acordo com o órgão, nesses lugares deveriam ser construídas áreas de lazer. Os prefeitos também devem procurar incluir a população local no trabalho de reconstrução das cidades atingidas pela catástrofe.

O Ministério Público recomenda ainda que o governo tente recuperar as matas e as áreas naturais de preservação.

As prefeituras devem implantar um cadastro único de vítimas de enchentes para que os donativos sejam distribuídos de maneira igualitária. A medida também facilitaria o controle da Defesa Civil na distribuição das mercadorias, que poderia ser feita em horários predeterminados e no período da manhã.

Para Mendes, a medida principal é sobre a aplicação correta dos recursos públicos. “O fato de estarmos em calamidade, não tira a incidência da lei de improbidade administrativa. Apesar da desburocratização, os prefeitos devem gastar bem”, afirmou.

Segundo o procurador, a portaria publicada nesta segunda foi criada por procuradores das cidades atingidas e de Maceió. Ele afirma que Ministério Público vai cobrar a execução dessas medidas pelas autoridades.

“Recomendamos às autoridades que adotem essas medidas. Nosso objetivo é evitar o pior. Temos de prevenir para não termos que arcar com mais problemas depois.”

Brasil quer fechar acordo para produzir etanol no Quênia
Agência Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (6) que o Brasil quer firmar um acordo para produzir biocombustíveis no Quênia. De acordo com Lula, o Brasil poderia transferir tecnologia ao país africano, que tem terras disponíveis para a agricultura. “O Brasil tem expertize de anos de experiência. O Quênia tem terra e disposição de produzir combustível limpo para a gente poder vender para os países ricos que, a partir de 2020, terão que colocar 10% de etanol na gasolina dos seus carros”, disse Lula em pronunciamento conjunto com o presidente do Quênia, Muar Kibaki.

O Quênia é o terceiro país visitado por Lula na viagem que faz à África esta semana. Já passou por Cabo Verde e Guiné Equatorial e segue ainda hoje para a Tanzânia. Os dois presidentes também conversaram hoje pela manhã sobre a criação da Universidade Afro-brasileira. A proposta ainda está tramitando no Congresso brasileiro, mas Lula disse “ter o sonho” de lançar a pedra fundamental ainda em seu governo. A Universidade Afro-brasileira deve ser instalada no município de Redenção, no Ceará e, de acordo com o projeto, vai abrir mil vagas, 500 para brasileiros e 500 para africanos.



Lula disse ainda que, paralelamente à criação da universidade, o Brasil poderá instalar escolas no Quênia para ensinar língua portuguesa. “[a criação da universidade] Obriga que o Brasil ensine português no Quênia e em outros países da África."



A visita à Africa tem um tom pragmático, repetido por muitos membros do governo que destacam a necessidade de aproximar comercialmente o Brasil do Continente Africano. Lula ressaltou que o bloco econômico do Leste da África (EAC, sigla em inglês), formado por Quênia, Burundi, Uganda, Ruanda e Tanzânia, representa 126 milhões de habitantes. Lula defendeu a aproximação do Mercosul com esse mercado.

Quênia é um dos países mais industrializados da África. A economia tem crescido nos últimos anos, apesar do freio da crise mundial, que repercutiu no ano passado. O setor de serviços cresce puxado pelo turismo. Atualmente, a prestação de serviços representa 62% do PIB do país. Já a fatia da agricultura corresponde a 21,4% e a indústria, 16,3% do PIB. Estudos feitos pela consultoria Economist Intelligence Unit, citados pelo próprio governo brasileiro, apontam que a economia do Quênia crescerá 3,4% em 2010 e 5% em 2011.

As relações comerciais entre Brasil e Quênia nos últimos sete anos aumentaram seis vezes. Passaram de US$ 14 milhões em 2003 para US$ 91 milhões no ano passado apesar dos efeitos da crise financeira mundial, que fez a corrente de comércio entre os dois países encolher 11% em relação ao ano anterior. Os empresários brasileiros que acompanham o presidente na visita à África identificaram nichos ainda não explorados de mercado e querem ampliar as vendas nos setores onde já existem relações comerciais mais sólidas. Há boas perspectivas para combustíveis, produtos farmacêuticos, carros, tratores e outros itens industrializados.

Holanda tenta confirmar favoritismo diante do Uruguai/Agência Estado.

Depois de ter eliminado o Brasil nas quartas de final, a Holanda ganhou enorme confiança para buscar o inédito título mundial. Mas, para chegar à decisão da Copa do Mundo na África do Sul, ainda tem um desafio complicado pela frente. Nesta terça-feira, a partir das 15h30 (horário de Brasília), no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, a seleção holandesa disputa a semifinal contra o também embalado Uruguai e tenta confirmar seu favoritismo.

A Holanda tem a melhor campanha da Copa até o momento. É a única seleção com 100% de aproveitamento, após as vitórias sobre Dinamarca, Japão, Camarões, Eslováquia e Brasil. O Uruguai, por outro lado, sofreu um pouco mais para chegar à semifinal. Estreou com empate contra a França e depois venceu África do Sul, México e Coreia do Sul até a dramática classificação nos pênaltis diante de Gana nas quartas de final.

O Uruguai admite o favoritismo holandês, mas sonha com a possibilidade de surpreender e chegar novamente a uma final de Copa, algo que não acontece desde 1950. "Algumas vezes, os sonhos viram realidade", afirmou o técnico uruguaio Oscar Tabárez. Na Holanda, a ordem é conter a euforia pela grande campanha e manter a concentração na busca pelo título. "Estaremos preparados", prometeu o treinador Bert van Marwijk.

Do lado holandês, a aposta é no talento de jogadores como Robben e Sneijder, ambos habilidosos e letais no ataque. Mas o técnico Bert van Marwijk tem alguns desfalques importantes no sistema defensivo. O lateral Van der Wiel e o volante De Jong estão suspensos, o que abre espaço para Boulahrouz e De Zeeuw entrarem no time titular. Em compensação, o zagueiro Mathijsen se recuperou de contusão e está de volta.

O Uruguai também tem problemas para escalar o time que disputará a semifinal. Suspensos, o zagueiro Fucile e o atacante Luis Suárez são desfalques certos entre os titulares. Além disso, o zagueiro e capitão Lugano ainda se recupera de contusão no joelho direito e pode ficar de fora. Por isso mesmo, Oscar Tabárez fez mistério e tratou de esconder a escalação, mas é provável que Cáceres e Alvaro Pereira sejam escolhidos para jogar.

"Robben é um grande jogador, muito rápido e hábil. E Sneijder também está acima da média", elogiou Oscar Tabárez, já mostrando quais serão as principais preocupações da defesa uruguaia no jogo desta terça. "O Uruguai é um time de guerreiros, joga com paixão", devolveu Bert van Marwijk, consciente de que a Holanda terá muito trabalho para tentar confirmar o favoritismo e chegar à sonhada final da Copa na África do Sul.

Ficha técnica:
Uruguai x Holanda

Uruguai - Muslera; Maxi Pereira, Victorino, Lugano (Godin) e Cáceres; Diego Pérez, Gargano, Arevalo Rios e Alvaro Pereira; Diego Forlán e Cavani. Técnico: Oscar Tabárez.

Holanda - Stekelenburg; Boulahrouz, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; De Zeeuw, Van Bommel e Sneijder; Kuyt, Van Persie e Robben. Técnico: Bert van Marwijk.

Árbitro - Ravshan Irmatov (Usbequistão).
Horário - 15h30 (de Brasília).
Local - Estádio Green Point, na Cidade do Cabo (África do Sul).


Mulher é morta em meio a protestos na Caxemira indiana/Agência Estado.

Uma mulher foi morta hoje depois que forças de segurança abriram fogo contra manifestantes na Caxemira indiana, em um momento de recrudescimento das tensões na região de maioria muçulmana, afirmou a polícia. Centenas foram às ruas em Srinagar, cidade que é capital administrativa da Caxemira indiana durante parte do ano, jurando vingança e pedindo liberdade após a morte, ontem, de um outro manifestante. "Sangue por sangue", gritavam hoje os manifestantes.

"A mulher foi morta na terça-feira quando a polícia abriu fogo para conter um protesto em Srinagar", afirmou um policial, pedindo anonimato. "Uma jovem mulher também foi morta em um incidente separado, mais cedo neste dia", completou a fonte, sem dar mais detalhes.

Já um porta-voz das tropas indianas negou que as forças de segurança tenham disparado contar a multidão. Há um forte sentimento contra a Índia na parte indiana da Caxemira, região que é dividida entre esse país e o Paquistão. Com informações da Dow Jones.

Empregado descontente mata 6 colegas no Egito/Agência Estado.

Um empregado de uma empreiteira do Egito matou a tiros hoje seis de seus companheiros e feriu outros 16, aparentemente por estar descontente com o fato de ter sido transferido de cargo. Em seguida, o homem se rendeu à polícia, informaram fontes policiais e funcionários da empresa. O agressor, que era motorista de ônibus, freou o veículo que conduzia ao lado de uma via no oeste do Cairo, sacou um fuzil de assalto e começou a disparar contra os passageiros, que seriam seus colegas de trabalho.

O homem aparentemente sofria de uma severa depressão após sua companhia, a Arab Contractors, tê-lo transferido de posto. A empresa, uma das maiores companhias de construção do Egito, identificou em comunicado o agressor como Mahmoud Sweilam, de 53 anos. Segundo a Arab Contractors, ele havia escondido a arma sob sua poltrona e se entregou logo após o ataque, ocorrido a 300 metros da sede da companhia. Sweilam passou 20 anos na empresa, informou um porta-voz da companhia, que não esclareceu os motivos dos disparos.

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