segunda-feira, 5 de julho de 2010

Notícias: Brasil- Mundo (05/07/2010).

Dez mulheres são mortas por dia no País/Tribuna da Bahia.

Em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio – índice de 4,2 assassinadas por 100 mil habitantes. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional.

Os resultados são um apêndice, ainda inédito, do estudo Mapa da Violência no Brasil 2010, do Instituto Zangari, com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Os números mostram que as taxas de assassinatos femininos no Brasil são mais altas do que as da maioria dos países europeus, cujos índices não ultrapassam 0,5 caso por 100 mil habitantes, mas ficam abaixo de nações que lideram a lista, como África do Sul (25 por 100 mil habitantes) e Colômbia (7,8 por 100 mil).
Algumas cidades brasileiras, como Alto Alegre, em Roraima, e Silva Jardim, no Estado do Rio, registram índices de homicídio de mulheres perto dos mais altos do mundo. Em 50 municípios, os índices de homicídio são maiores que 10 por 100 mil habitantes. Em compensação, mais da metade das cidades brasileiras não registrou uma única mulher assassinada em cinco anos.

Outro contraste ocorre quando são comparados os Estados brasileiros. Espírito Santo, o primeiro lugar no ranking, tem índices de 10,3 assassinatos de mulheres por 100 mil habitantes. No Maranhão é de 1,9 por 100 mil.

“Os resultados mostram que a concentração de homicídios no Brasil é heterogênea. Fica difícil encontrar um padrão que permita explicar as causas”, afirma o pesquisador Julio Jacobo Wiaselfisz, autor do estudo.
São Paulo é o quinto Estado menos violento do Brasil, com índice de 2,8 por 100 mil habitantes. Mas a taxa é alta se comparada à de Estados americanos, como Califórnia (1,2) e Texas (1,5).

“Quanto mais machista a cultura local, maior tende a ser a violência contra a mulher”, diz a psicóloga Paula Licursi Prates, doutoranda na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, onde estuda homens autores de violência.

Lei Maria da Penha
Para aumentar a visibilidade do problema e intimidar a ação dos agressores, a aprovação da Lei Maria da Penha, em 2006, foi comemorada pelas entidades feministas por incentivar as mulheres a denunciar crimes de violência doméstica, garantindo medidas de proteção para a mulher e punições mais duras e rápidas contra agressores.

Mas a nova lei não impediu o assassinato da cabeleireira Maria Islaine de Morais, morta em janeiro diante das câmeras pelo ex-marido, alvo de oito denúncias. Nem uma série de outros casos que todos os dias ganham as manchetes dos jornais.

Ainda são raros os estudos de casos que analisam as motivações de assassinos que matam mulheres.
De maneira geral, homens se matam por temas urbanos como tráfico de drogas e desordem territorial e os crimes ocorrem principalmente nas grandes cidades. Mulheres são mortas por questões domésticas em municípios de diferentes portes.

Em SP, índios recebem compensação por Rodoanel/Agência Estado/ Atarde online.

Eles vivem do artesanato, da ajuda de organizações não-governamentais (ONGs), de empregos no setor público e, também, da caça, da pesca e de pequenos viveiros. Mas têm R$ 6 milhões guardados no banco. Os índios das três aldeias guaranis da cidade de São Paulo receberam essa bolada como compensação pela construção do Trecho Sul do Rodoanel. Mas a quantia não vai para as mãos deles. Será usada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para adquirir novas reservas e transferir parte das tribos.

"Aqui as terras são poucas para a gente viver bem", diz o cacique Ataíde Gonçalves Vilharve, de 24 anos, da aldeia Barragem, na zona sul. Embora a aldeia viva em situação de pobreza, ele diz que a tribo aguarda a chegada das terras - não do dinheiro.

Há cerca de mil índios vivendo nas aldeias Barragem e Krukutu, na região de Parelheiros, a pelo menos 8 quilômetros do Rodoanel (nas margens da Represa Billings). A outra aldeia, a Jaraguá, na zona norte, fica entre as Rodovias Bandeirantes e Anhanguera e também foi beneficiada.

Para os índios, o Rodoanel agravou os transtornos originados pelo adensamento de Parelheiros - que teve a população aumentada em 84% entre 1991 e 2000. Reduziu o espaço para a caça e o número de animais e tirou a tranquilidade.

Compensação

A presença das aldeias da zona sul foi, em parte, uma das complicações no processo de licenciamento ambiental que antecedeu o Rodoanel, que levou cinco anos para sair. O acordo da empresa estadual Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) com a Funai previu transferência de R$ 2 milhões para cada uma das três tribos. "O depósito servirá para adquirir novas áreas para os indígenas e, com isso, ampliar as áreas hoje ocupadas por eles", diz a Dersa, em nota. Juntas, as aldeias têm cerca de 50 hectares. A expectativa é que a nova área tenha 100 hectares para cada uma.

Incêndio em ônibus deixa 24 mortos no leste da China/Agência Estado.

Pelo menos 24 pessoas morreram e 19 ficaram feridas em um incêndio em um ônibus que transportava trabalhadores de uma siderúrgica no leste da China, afirmou hoje a imprensa estatal. O veículo levava operários do turno da noite e se incendiou ontem na cidade de Wuxi, perto de Xangai, segundo fontes não identificadas, citadas pela agência estatal Xinhua.

Os investigadores tentavam determinar a causa do incêndio no veículo, segundo a edição digital do "Diário de Wuxi". Autoridades do governo e do Partido Comunista de Wuxi, bem como empregados da companhia Aço Xuefeng não deram declarações sobre a tragédia.

Em 2009, um homem ateou fogo a um ônibus repleto de passageiros em Chengdu, cidade no sul do país. O ônibus tinha as janelas vedadas e não possuía saídas de emergência, o que causou a morte de 27 pessoas.

Ahmadinejad diz que sanções contra Irã são patéticas/Agência Estado/Jornal O Estado de S. Paulo. .

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou ontem que as últimas sanções adotadas contra o Irã por causa de seu programa nuclear são "patéticas" e advertiu as potências mundiais de que lamentarão suas ameaças.

Ele afirmou que as medidas não afetarão a economia iraniana nem impedirão o Irã de assumir um maior papel nas questões mundiais. "Sabem que há um leão adormecido no Irã que está despertando e, se ele despertar, as relações no mundo mudarão", afirmou.

Nova lei do aborto entra em vigor na Espanha/Agência Estado.

A nova lei espanhola que autoriza o aborto sem restrições dentro das 14 primeiras semanas de gestação entrou em vigência hoje, apesar da oposição conservadora, que tenta impugná-la argumentando que é inconstitucional.

O governo socialista aprovou a normativa há cinco meses, e o Tribunal Constitucional da Espanha estudará a apelação apresentada pelo Partido Popular, segundo a qual alguns trechos da lei contrariam a Constituição.

A ministra da Igualdade, Bibiana Aído, afirmou que o governo está convencido sobre a constitucionalidade da nova norma. A lei permite o aborto a mulheres de 16 e 17 anos sem a autorização de seus pais, porém obriga que eles sejam informados a respeito.

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