Dilma é eleita a primeira mulher presidente do Brasil
Ela faz seu primeiro pronunciamento como presidente.
Dilma Rouseff, do PT, é o 40º presidente do Brasil e a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto da República no País. Com 92,53% das urnas apuradas, ela já está eleita com 55,43% dos votos, contra 44,57% do candidato do PSDB, José Serra. O eleitorado brasileiro é de 135 milhões de pessoas.
Em seu primeiro pronunciamento como presidente do Brasil, em Brasília, Dilma Rousseff (PT), garantiu que a meta de erradicar a miséria do Brasil será seu compromisso. A nova presidente também falou de seus planos com relação à economia e do seu compromisso com a liberdade de imprensa, e disse que irá recorrer ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, sempre que houver necessidade. Lula não compareceu ao primeiro pronunciamento de Dilma. O vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), acompanhou o pronunciamento, junto de políticos aliados.
Cenário econômico favorece uma reforma trabalhista no Brasil
O momento econômico é ideal para a realização de uma reforma trabalhista, mas poderá gerar protestos para o futuro presidente da República. O ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Almir Pazzianotto, entende que haverá um desgaste muito grande, mas a Reforma Trabalhista deve ser uma prioridade. Questões como horas extras e de vínculos empregatícios são levadas com enorme frequência às instâncias jurídicas, sobrecarregando o sistema. Para Pazzianotto, a atual lei é insegura e por isso existem tantas ações. A questão sindical também precisaria de mudanças para o ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho. Almir Pazzianotto considera que os atuais sindicatos não representam as categorias e em alguns casos possuem outro tipo de interesse. Já o mestre em Direito Trabalhista, José Franscisco Siqueira, acredita ser este um momento oportuno para a realização da Reforma Trabalhista. Siqueira avalia que a negociação salarial deveria ser o primeiro ponto a ser reformulado. A negociação coletiva deveria seguir o padrão europeu, avalia o professor José Franscico Siqueira. Os dois especialistas entendem que, apesar de necessária, a Reforma Trabalhista não deverá ser colocada em prática pelo futuro presidente.
Cerca de 200 sem-teto ocupam edifício no centro de SP/Agência Estado.
Cerca de duzentos sem-teto ocuparam um prédio de oito andares na região central de São Paulo no começo desta madrugada para reivindicar políticas públicas de moradia. A ação no edifício da Avenida Cásper Líbero foi coordenada pelo Movimento de Moradia Para Todos (MMPT) e não houve confronto com a polícia.
Segundo Juvenal da Conceição Pereira, coordenador do MMPT, as famílias recebiam bolsa-aluguel da Prefeitura, mas o benefício terminou há sete meses e não houve renovação ou solução definitiva. "Até hoje a Prefeitura não nos atende, fica adiando reuniões. Queremos carta de crédito para que as famílias possam adquirir um imóvel", disse. Os proprietários do edifício chegaram ao local por volta das 2 horas e negociam uma solução para o impasse, segundo Juvenal.
Igreja denuncia execução de povo de rua em Alagoas/Agência Estado.
Na capital de Alagoas, praticamente 1 em cada 10 moradores de rua, de uma população estimada entre 300 e 400 pessoas, foi morto neste ano - o 31.º assassinato foi registrado ontem. São três casos em média por mês, ante dois casos em todo o ano passado, e até o governo acredita na ação de um esquadrão da morte, com a possível participação de policiais. Até agora, ninguém foi preso e o Brasil pode ser denunciado à Organização das Nações Unidas (ONU).
O alerta é do governo federal, mais especificamente da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, que já pediu ao Ministério da Justiça a entrada no caso da Polícia Federal. No fim de semana, a Arquidiocese de Maceió tornou púbica carta em que cobra providências das autoridades e pede auxílio aos católicos e pessoas de boa vontade para que "contribuam, com suas atitudes, para criar um clima de verdadeira fraternidade e de efetiva justiça". "Exortamos todos a defender a vida", disse, comovido, o arcebispo d. Antônio Muniz.
Líderes latino-americanos saúdam Dilma pela vitória/Agência Brasil.
A vitória da candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, foi comemorada ontem (31) por líderes políticos latino-americanos. Para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Dilma vai inaugurar “uma outra página da história” do Brasil. O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que foi o “triunfo da democracia”. O governo da presidente da Argentina Cristina Kirchner, ainda em luto devido à morte do ex-presidente Néstor Kirchner, enviou uma mensagem de felicitações.
Na sua coluna semanal As Linhas de Chávez, publicada pela Agência Venezuelana de Notícias (AVN), que é estatal, o presidente da Venezuela foi poético ao citar a vitória de Dilma e o futuro do Brasil. Chávez fez a previsão da vitória de Dilma antes de as apurações serem concluídas.
"Quando o sol se põe para além da Amazônia, quando as estrelas começam a iluminar a vasta terra de Abreu e Lima [região em Pernambuco], as massas de Lula [o povo brasileiro], outro parceiro grande, outra mulher terá sido escolhida, uma patriota para liderar o novo destino do Brasil", disse o venezuelano. "Sim, Dilma partir de hoje será a presidente. Bem-vinda, camarada.”
Morales afirmou que Dilma vai trabalhar para manter a unidade na América Latina e ampliar os vínculos entre a Bolívia e o Brasil. Segundo o boliviano, as relações políticas, diplomáticas e comerciais entre os dois países são marcadas pelo dinamismo.
As informações são da Agência Boliviana de Notícias (ABN). Para o presidente da Bolívia, a vitória da candidata do PT representa a celebração da democracia. "É um triunfo da democracia latino-americana", disse Morales.
Em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, o governo Cristina Kirchner saudou Dilma. “[É ] tempo para desejar o maior sucesso em sua futura administração. O governo argentino expressa sua firme determinação de continuar a trabalhar com o governo e nossa nação irmã do Brasil para aprofundar a relação estreita e rica que liga os dois países. A vitória confirma a continuidade das políticas que estão sendo desenvolvidas no âmbito do Mercosul e da Unasul [União de Nações Sul-Americanas] para o bem-estar de nossos povos e da comunidade latino-americana”, diz a nota.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou ontem que Dilma vai dar continuidade à política externa implementada durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva baseada na diversificação de parceiros. Porém, o chanceler ressaltou que a presidente eleita dará seu próprio estilo.
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