Homem baleado e atropelado por agressores morre em Lauro de Freitas/Redação CORREIO.
Um homem de identidade ignorada foi morto a tiros na localidade de Estrada do Trabalhador, no município de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, por volta das 22h de segunda-feira (21), de acordo com informações da Central de Polícia.
A vítima foi atingida com um tiro no tórax e atropelado por seus agressores em seguida. O rapaz chegou a ser socorrido para o hospital Menandro de Farias, na cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Agentes da 23ª delegacia estão investigando o caso. Não há mais detalhes sobre o crime ou sobre a autoria.
Justiça dá 10 dias para retirada de barracas em Ipitanga/Portal Rádio Sociedade.
As 32 barracas da praia de Ipitanga devem ser demolidas em 10 dias, de acordo com notificação recebida por alguns comerciantes, neste sábado (19). A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT) juntamente com a Associação de Barracas da Praia de Ipitanga lutam para que a justiça aguarde até depois do Carnaval, para a retirada dos empreendimentos.
A decisão do desembargador Olindo Menezes, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 04 de fevereiro. A decisão do desembargador derrubou a liminar dada pelo próprio, em agosto de 2010, que impedia a derrubada das barracas na praia.
A Procuradoria Geral de Lauro de Freitas entrou com recurso no Superior Tribunal Federal, para tentar impedir a derrubada das estruturas, e aguarda decisão. A prefeitura elaborou um projeto de revitalização da área, e apresentou à Justiça Federal e à Superintendência do Patrimônio da União na Bahia. O projeto pretende retirar as barracas de praia da localidade, além da relocação das estruturas para as imediações do kartódromo.
Lauro de Freitas, A cultura da Violência/Ricardo Andrade do Folha Popular.
Falamos de uma das cidades mais violentas da Bahia, onde o índice de homicídios cresce assustadoramente. Lauro de Freitas, município da região metropolitana de Salvador, a exemplo de outras grandes cidades, sofre de forma trágica com os efeitos do crescimento desorganizado.
A especulação imobiliária que destrói as áreas verdes e impede a circulação de ar nas comunidades pobres, somada a ineficácia das políticas públicas que não dão conta do grande número de jovens que almejam o mercado de trabalho, o atendimento precário nos postos de saúde e o sucateamento das instituições de ensino podem ser identificados como elementos que fortalecem a violência em nosso dia a dia.
São invisíveis os resultados dos PRONASCI, PAC, PROTEJO e tantas outras siglas que só servem para propagandear partidos e instituições políticas. Ninguém diz quanto e onde foram usados esses recursos. Nada, absolutamente nada chega aos bolsões de miséria que só crescem no interior da cidade enquanto a atenção do poder público está concentrada nas barracas da orla.
No entanto o fator que mais que mais chama nossa atenção enquanto movimento social é a cultura da violência impregnada em nossos moleques que ainda muito cedo absorvem as “guerras” sem nem mesmo saber o que ela significa.
Écomum ouvirmos durante nossas intervenções nas comunidades, esses jovens dizerem que não vão no bairro X ou na quebrada Y por não se “batem” com os “caras” de lá. E nós sabemos que na verdade, a guerra existente é pequena se comparado ao universo das pessoas decentes e honestas de nossa cidade. O que acontece é que os verdadeiros envolvidos nesta guerra, normalmente gente ligadas ao tráfico, conseguem ampliar essa rivalidade para os demais jovens da comunidade. Estes disseminadores da cultura da violência estão munidos da estrutura que o tráfico lhes proporciona: carro, som possante, cerveja no bar e o padrão do time. Às vezes são eles que pagam pela gambiarra pra iluminar o pagode que vai rolar a noite. São essas figuras que frequentemente financiam o som para a atividade cultural dentro das comunidades enquanto a secretaria de cultura está sem licitação pra som.
Vemos o governo chamar e convocar reuniões e mais reuniões com organismos nacionais e internacionais, quando na verdade, o problema é bel local. Falta gestão, é a falta de capacidade administrativa que dá fôlego ao tráfico e a violência. É a insuficiência do estado que abre caminho para que o crime se organize e isso não é novidade.
Lauro de Freitas enfrenta uma grave crise administrativa. Mais de três mil funcionários foram demitidos, os salários estão atrasados e as aulas estão suspensas por falta de funcionários nas escolas.
Moema concentra suas ações na não derrubada das barracas porque que dá mídia e sua foto aparece diariamente na imprensa local. Enquanto isso, pessoas sofrendo enfarto, recebem dipirona e são mandadas pra casa, por falta de um diagnóstico especializado nos postos e hospitais da cidade.
É necessário um levante social urgente e se os líderes e partidos que tradicionalmente promoveram essas ações estão atrofiados e embebecidos na varanda da institucionalidade, cabe então, as Zeferinas e Cândidos soltarem a voz.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
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