Este ano, o eleitor deve levar, além do título, um documento de identificação com fotografia. Quem perdeu o título, deve procurar o cartório eleitoral mais próximo e requerer a reimpressão do documento até o dia 23 de setembro.
Boca de urna
No dia da eleição, é proibido qualquer tipo de propaganda eleitoral. "Os candidatos já tiveram todo o período extenso das eleições para mostrar suas propostas.
É considerado crime:
• o uso de autofalantes e amplificadores de som ou comícios e carreatas;
• o uso de camisas ou uniformes de partidos ou candidatos;
• a distribuição de santinhos ou quaisquer materiais de propaganda.
Além de pena de seis meses a um ano de reclusão, quem for pego fazendo boca de urna pode pagar multa de R$ 5 mil a R$ 15 mil.
É permitido somente o uso de broches e adesivos no dia da eleição.
Ficha limpa
O Ficha Limpa é um projeto de lei que restringe a candidatura de políticos que tenham condenações ou processos na Justiça. O objetivo é afastar da vida política candidatos que tenham histórico de corrupção. O projeto prevê que os políticos só poderão se candidatar novamente oito anos após cumprimento das penas judiciais.
Para ficar por dentro do histórico dos candidatos, a Justiça Eleitoral disponibiliza em sua página (www.tse.jus.br) um campo de pesquisa com informações que podem fazer a diferença na hora da escolha, como proposta de governo, declaração de bens, certidões criminais, prestação de contas e situação do processo.
Briga por vagas ao Senado se acirra a cada dia
Publicada: 14/09/2010 00:12/Atualizada: 13/09/2010 23:41/Evandro Matos.
Faltando vinte dias para as eleições, a briga pelas duas vagas ao Senado na Bahia fica cada vez mais acirrada. Segundo pesquisas recentes, a liderança, ao menos por enquanto, pertence ao senador César Borges (PR), que disputa a reeleição.
No entanto, é fato que os dois candidatos governistas, Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT), se aproximam cada vez mais. Há ainda que se levar em conta as candidaturas de José Carlos Aleluia e José Ronaldo (DEM), que começaram a crescer nesta reta final da campanha. Com isso, a troca de farpas entre os candidatos e o uso de material no horário eleitoral são cada vez mais constantes.
A primeira grande polêmica entre os postulantes ao Senado surgiu dentro da própria coligação governista, quando socialistas denunciaram um “fogo amigo” por parte do PT, que priorizava a campanha de Walter Pinheiro. O caso, segundo o coordenador da campanha do governador Jaques Wagner, Luiz Caetano, já foi superado.
Agora, contudo, Lídice enfrenta um novo problema, que, desta vez, está sendo atribuído aos adversários de outras coligações: a distribuição de panfletos de origem apócrifa, que questiona a passagem de Lídice pela Prefeitura de Salvador, no período de 1993 a 1997. O material, com o título “Vale a pena lembrar de novo”, estava sendo distribuído na manhã de ontem, por três pessoas, nas imediações do Iguatemi.
Ontem mesmo a candidata ingressou com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) contra os panfletos, que considera “de conteúdo calunioso”. A socialista reagiu. “Não vão conseguir me atingir com essas práticas que remetem ao passado da política.
O povo de Salvador me conhece”, declarou. “Essa atitude é motivada pela nossa força, pelo nosso crescimento nas pesquisas e pelo desespero de alguns”, acrescentou Lídice, que esteve acompanhada de sua advogada, Tatiana Pinheiro. Elas foram atendidas pelo procurador do MPE, Sidney Madruga.
Saindo da defesa para o ataque, a dupla Lídice e Pinheiro, contudo, não tem se descuidado de tentar minar os seus adversários. O principal alvo do momento é o senador César Borges (PR), que vem sendo criticado no horário eleitoral por ter escolhido a sua mulher, Tércia Borges, como sua suplente. Em uma enquete, eles perguntaram às pessoas nas ruas o que achavam da indicação feita por Borges. Os depoimentos selecionados consideram a proposta do “absurdo” ao “nepotismo”.
Como resposta às críticas da dupla governista, Borges colocou inserções no horário eleitoral mostrando os feitos de Tércia quando atuou como primeira-dama e presidente das Voluntárias Sociais da Bahia.
Para se reeleger o senador republicano também tenta se agarrar às suas principais ações como ex-governador, além de procurar mostrar para o eleitorado a sua atuação no Senado Federal. Nesta reta final ele também conseguiu o apoio do prefeito João Henrique que, mesmo não vivendo um bom momento político, não deixa de ser um reforço considerável nesta guerra fratricida.
Aleluia entra na briga
Bom de briga e com uma campanha inovadora, o deputado federal José Carlos Aleluia também não foge da polêmica e ajuda a esquentar a guerra pelas duas vagas ao Senado. O democrata age em todos os flancos, lançando críticas ao governo estadual ou apresentando projetos polêmicos e interessantes como o “Justa Causa”.
Crescendo nas pesquisas (na última Datafolha ele saiu de 7% para 11%), Aleluia apresenta-se para o eleitor como um senador independente. “Quero ser um senador independente. Só tenho compromissos com os meus principais e a Bahia. Se o meu partido votar contra um projeto importante, vou ficar contra o meu partido”, exemplificou.
Confiante em conquistar uma das vagas, Aleluia tem buscado reforços para a sua campanha até fora do estado. Em sinal de prestígio, no horário eleitoral ele tem exibido o pedido de votos de figuras importantes da política nacional como Índio da Costa (DEM), vice de José Serra, o ex-governador de Minas e também candidato ao Senado, Aécio Neves (PSDB), e até Fernando Gabeira (PV), candidato ao governo do Rio de Janeiro, mas que pediu voto para ele e Edson Duarte, seu concorrente do PV. (EM).
João Henrique apoia reeleição de Borges
Publicada: 14/09/2010 00:12/Atualizada: 13/09/2010 23:43/Raul Monteiro.
Sob a mira cerrada da coligação encabeçada pelo governador Jaques Wagner (PT), que teme desesperadamente perder para ele uma das vagas de senador em disputa nestas eleições na Bahia, o senador César Borges (PR) ganhou há cerca de duas semanas um apoio que poderá assegurar a cada vez mais árdua manutenção de sua posição como até agora o candidato favorito na corrida ao Senado.
Em reunião com todo o seu staff político, o prefeito João Henrique (PMDB) deu ordem unida para que os auxiliares arregacem as mangas e prestem ao senador a ajuda que considerarem necessiária à sua reeleição.
O engajamento do prefeito na campanha pode ser também o responsável pela frustração da expectativa governista de que Borges já pudesse ter perdido a liderança nas pesquisas de intenção de voto.
O repentino envolvimento de João Henrique no esforço que o republicano faz para se reeleger seria motivado por dois fatores. O primeiro deles é o desprezo público que o chefe do governo municipal nutriria pelo deputado federal Walter Pinheiro (PT), candidato a senador na chapa de Wagner ao lado da socialista Lídice da Mata.
O prefeito derrotou Pinheiro na última campanha à sucessão municipal, depois de um forte desentendimento com o petista e do rompimento em 2008 com o PT, que chegou a integrar sua administração.
O segundo motivo é uma espécie de gratidão de João Henrique a Borges, que atuou como conciliador em sua primeira grande crise com o candidato do PMDB a governador, Geddel Vieira Lima, ocorrida também há cerca de duas semanas, em plena campanha.
“É uma injustiça a fama de ingrato de João Henrique. O prefeito sabe reconhecer aqueles que o ajudam”, diz um vereador ligado a ele. Outro ponto no qual César Borges tem se segurado para não perder o favoritismo a menos de um mês da eleição, essencial à sua recondução ao Senado, é o deputado federal ACM Neto (DEM).
O democrata estaria buscando emprestar parte de seu prestígio político na capital baiana ao antigo correligionário, apesar de seu partido ter um outro candidato muito próximo dele, José Carlos Aleluia (DEM), de quem seu pai, o senador ACM Jr. (DEM) é, inclusive, suplente.
Oposição de olhos abertos
A situação de Borges como até agora o candidato mais forte das oposições ao Senado tornou ele uma espécie de depositário de todas as atenções e cuidados oposicionistas, diz um amigo muito próximo do senador, avaliando que ele trava, neste momento, uma luta desigual contra a máquina governista, toda voltada para a eleição da dupla de aliados de Wagner.
“César Borges virou a esperança das oposições de evitarem uma nova hegemonia na política baiana. Até quem não estava mobilizado passou a encarar sua vitória como forma de evitar uma hipertrofia perigosa das forças do governo nestas eleições”, diz um deputado ligado ao senador.
Segundo ele, por tudo que tem enfrentado, Borges estaria sendo chamado entre amigos de “herói da resistência”.
* Comentário do Locutor Adailton Reis, sobre o deseinteresse político do povo e a quem interessa.
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